Muita gente não sabe, mas são inúmeras as características da boca seca e as causas desse mal-estar, um problema aparentemente comum, mas que requer bastante atenção, sobretudo se vier acompanhado de alguns sintomas, como dificuldade na mastigação e incômodo para engolir alimentos devido à diminuição da produção de saliva.

Conhecida popularmente como boca seca, a doença tem o nome científico de xerostomia e pode ser identificada por sinais clínicos mais evidentes, como a sensação de ressecamento na boca a todo tempo e de garganta seca em dias quentes, mesmo quando o paciente ingere muita água diariamente. Quer saber mais sobre essa disfunção e quais são as causas da boca seca? Continue a leitura e descubra!

O que caracteriza a condição de boca seca ou xerostomia?

De forma geral, a boca seca ou a xerostomia — palavra que surge da combinação de dois termos em grego, kserós e stôma, os quais significam, em tradução direta, uma secura na boca — é uma condição associada à pouca produção de saliva ou até mesmo à falta de salivação na cavidade oral, a partir de uma anomalia fisiológica nas glândulas responsáveis por secretar essa substância no organismo.

A depender da queda de salivação e dos componentes presentes na saliva, o nome da doença pode variar para hipossalivação ou hipossialia, quando essa condição vem associada, fortemente, ao desenvolvimento de diabetes ou à síndrome de Sjögren. Essa é uma doença inflamatória nas glândulas exócrinas, responsáveis por expelir fluidos do corpo.

Quais são as principais causas da boca seca?

A xerostomia, doença que está registrada na Classificação Estatística Internacional pela sigla CID 10 – R68.2, indica uma baixa quantidade de saliva produzida na cavidade, sendo o líquido insuficiente para manter a umidade da boca. Quando essa baixa umidade se mantém por muito tempo, geralmente, acarreta uma série de consequências para a saúde e, muitas vezes, pode emitir um sinal de alerta para o surgimento de condições graves.

Por isso, antes de iniciar um procedimento odontológico ou médico para o problema, é necessário determinar a sua causa. Basicamente, a disfunção pode decorrer de um funcionamento inadequado das glândulas que produzem a saliva.

Existem diversas razões para esse mau funcionamento das glândulas salivares e os motivos principais estão elencados a seguir:

  • uso frequente de medicamentos ou efeito colateral associado a esses produtos, tais como descongestionantes, analgésicos, anti-histamínicos, anti-hipertensivos, diuréticos e remédios para depressão;
  • deficiência de vitamina A ou das vitaminas do complexo B;
  • presença de doenças que podem afetar as glândulas salivares, como diabetes, HIV/AIDS, doença de Hodgkins, síndrome de Sjögren e mal de Parkinson;
  • doenças da tireoide, como a tireoidite de Hashimoto, que produz anticorpos que atacam a glândula, levando à inflamação;
  • tratamentos contra o câncer, como a radioterapia, que podem danificar as glândulas salivares. O fator pode ser ainda mais preocupante se a cabeça ou o pescoço forem expostos à radiação durante o tratamento, ocasionando um comprometimento total ou parcial da região;
  • menopausa, devido às alterações dos níveis hormonais que acabam por afetar diretamente as glândulas salivares;
  • estresse, associado a uma rotina corrida, com grande volume de trabalho e ansiedade;
  • uso frequente de respirador bucal, uma vez que o fluxo constante de ar pela boca leva ao ressecamento da mucosa oral;
  • fumo, já que o fumante passa muito tempo respirando pela boca;
  • uso excessivo da fala em ambiente profissional;
  • envelhecimento natural do organismo.

Em todo caso, é importante procurar uma ajuda profissional para identificar as causas do problema. Em um consultório odontológico, por exemplo, o paciente passa por uma primeira avaliação com o cirurgião-dentista, que pode pedir exames mais complexos para definir o diagnóstico da doença e indicar um tratamento adequado para a pessoa.

Como é feito o diagnóstico de boca seca?

Todos nós podemos apresentar alguns sintomas de boca seca eventualmente, mas quando a sensação se torna persistente, é importante procurar um atendimento médico ou odontológico para avaliar o problema. Para obter um diagnóstico preciso, o profissional de saúde analisa os sinais clínicos e, caso seja necessário, pode utilizar alguns exames, como a sialometria, a fim de investigar melhor a causa da xerostomia.

Avaliar bem as possíveis causas da boca seca é fundamental para o profissional definir o tratamento mais adequado. Por isso, é importante o paciente descrever detalhadamente toda manifestação da doença, a começar pelos primeiros sintomas, que, em geral, são responsáveis por levar a pessoa até a urgência ou a emergência odontológica e médica.

Quais são, exatamente, os sintomas da boca seca?

É verdade que conhecer as causas de uma doença se torna essencial para o diagnóstico do problema. Ao mesmo tempo, o paciente não deve ignorar os sintomas de determinadas disfunções, como a boca seca, que pode levar a sérios comprometimentos da região e de outros órgãos. Nesse sentido, estes são os sinais mais comuns de xerostomia:

  • língua áspera;
  • rachadura nos lábios;
  • sede frequente;
  • queimação na língua;
  • dificuldade de deglutição;
  • redução do paladar;
  • gosto metálico na boca;
  • secura das vias nasais;
  • feridas na boca e mau hálito.

Sendo assim, ao perceber algum desses sinais, o paciente deve procurar rapidamente ajuda profissional para diagnosticar o incômodo e evitar um agravamento do quadro clínico apresentado.

Que consequências a boca seca pode acarretar para o organismo?

É verdade que a falta ou a insuficiência de saliva, por si só, já trazem uma série de desconfortos para a pessoa. Além disso, é comum que a boca seca cause problemas dentários, como o acúmulo de placa dental, o risco aumentado para cáries e erosões dentárias e uma maior predisposição para problemas nas gengivas, como vermelhidão, inchaço, dor e sensibilidade na região.

A condição, se não for tratada, também pode resultar em disfasia, que é uma dificuldade de deglutição. Ao mesmo tempo, ela está relacionada à halitose (mau hálito), à candidíase oral, à mucosite, a dificuldades na fala, a alterações na voz, à perda precoce dos dentes e a lesões bucais traumáticas.

Outro agravante é que essa sensação de secura pode provocar uma má adaptação de próteses dentárias e até implicar distúrbios do sono, uma vez que a pessoa tem o período de descanso interrompido, frequentemente, devido à sede.

A gravidade e a intensidade dos sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Mas, como já vimos, vários sinais combinados começam a afetar negativamente a qualidade de vida do indivíduo. Por isso, existe a necessidade de procurar atendimento médico e odontológico o quanto antes para que a rotina e o bem-estar da pessoa não sofram um impacto tão forte ao ponto de prejudicar a vida pessoal, social e profissional.

Como é feito o tratamento para boca seca?

Como dissemos, o tratamento escolhido depende diretamente da causa da boca seca. Por isso, é importante seguir as dicas anteriores que auxiliam os profissionais da saúde a chegarem a um diagnóstico correto sobre o problema.

No entanto, caso a xerostomia seja causada por algum medicamento, uma troca ou um ajuste da dose podem ser suficientes para resolver a situação. Já se for consequência do mau funcionamento das glândulas salivares, por exemplo, o médico pode optar por receitar uma substância que estimulará a produção de saliva.

Há, ainda, a possibilidade de utilização de saliva artificial, a ser prescrita pelo profissional de saúde que acompanha o caso. Essa ação tem por objetivo evitar as possíveis complicações geradas pela xerostomia, melhorando a saúde bucal e a qualidade de vida do paciente.

Quais medidas auxiliares ajudam a controlar os efeitos da boca seca?

Além de seguir o tratamento para a boca seca, existem algumas ações eficazes para auxiliar no controle desse problema bucal. Você sabe quais são essas recomendações? Para minimizar os efeitos da falta de salivação, adotar estas medidas pode ser uma boa indicação:

  • beber bastante água ao longo do dia;
  • evitar bebidas com cafeína;
  • mascar chicletes, pois eles estimulam a produção de saliva;
  • evitar tabaco e álcool;
  • evitar açúcar, em geral;
  • evitar alimentos ácidos ou condimentados;
  • beber água durante as refeições, pois isso ajuda a manter a umidade na região bucal;
  • usar um umidificador de ar durante a noite, evitando o ressecamento das vias nasais e da cavidade oral;
  • intensificar a higiene bucal, com o uso de fio dental, bochechos com enxaguantes sem álcool e a higienização da língua;
  • realizar consultas regulares com um cirurgião-dentista para anamnese e limpeza profissional regular.

Desse modo, caso você observe algum dos sintomas associados a tal doença, siga as recomendações descritas neste artigo, pois os cuidados citados são extremamente importantes para o controle do quadro. No entanto, não deixe de buscar um atendimento profissional, uma vez que somente o especialista sabe o que fazer para auxiliá-lo quanto a essa doença.

Sem dúvidas, procurar um médico ou um cirurgião-dentista capacitado ajuda a descobrir a causa do problema e, claro, implica uma recomendação técnica sobre como tratar o problema, visando ao não agravamento do quadro de saúde do paciente.

Neste artigo, você conferiu quais são as características da boca seca e as causas principais dessa condição, que diminui a produção de saliva no corpo e pode, em alguns casos, afetar completamente a função das glândulas salivares. Por isso, é preciso ficar atento aos sinais (como língua áspera, gosto metálico e dificuldade para se alimentar) e realizar, com a devida orientação clínica, um tratamento adequado.

Agora, você conhece as características principais e as causas da boca seca e reconhece a importância de procurar o profissional certo para tratar o problema. Compartilhe conosco, então, a sua experiência em relação a essa disfunção ou tire alguma dúvida remanescente sobre o tema. Deixe o seu comentário ao final deste post!

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